A epilepsia na mulher tem uma série de particularidades.
Primeiramente, a frequência de crises epilépticas pode variar de acordo com o ciclo menstrual. É frequente que mulheres dentro do menacme (período em que a mulher menstrua regularmente, desde a primeira menstruação até a menopausa) observem, por exemplo, um aumento no número de crises durante o período menstrual. Informar essa particularidade ao seu médico é fundamental, pois é possível lançar mão de algumas estratégias medicamentosas direcionadas a essa tendência das crises.
Outro importante assunto a ser abordado é a interação dos fármacos anticonvulsivantes com anticoncepcionais. De modo breve, alguns antiepilépticos podem reduzir os níveis de estrogênio, que é um dos hormônios presentes em pílulas anticoncepcionais, reduzindo assim sua eficácia. Idealmente, a paciente deve ter um acompanhamento conjunto com neurologista e ginecologista, que se comuniquem e trabalhem em parceria.
Algumas pacientes acreditam que quem usa anticonvulsivantes não pode fazer uso de anticoncepcionais. Essa é uma ideia equivocada, que pode ser rapidamente desmistificada consultando bons médicos. A escolha do método anticoncepcional adequado, na dose adequada, é fundamental para um planejamento familiar seguro em mulheres com epilepsia.
O manejo da epilepsia em mulheres com desejo de engravidar é um dos tópicos mais importantes na área. O ideal é antes de engravidar já iniciar um acompanhamento médico especializado para planejamento do tratamento durante a gestação. Existem anticonvulsivantes seguros para o bebê, o que permite manter o tratamento com segurança.
É importante procurar um neurologista que entenda o manejo único da epilepsia na mulher de maneira a garantir o melhor cuidado possível.
Conte comigo para te guiar no tratamento da epilepsia durante sua gestação!
Até logo,
Dra Gabriela Pantaleão
Comments